Solon Fishbone "Down Home Blues"
Muito comum na tradição do Blues, as festas com shows nas casas de artistas são realizadas com frequência em bairros afastados, além de fazendas da região do Delta do Mississippi. Esse tipo de evento era algo que já vinha sendo idealizado pelo guitarrista Solon Fishbone, desde antes do início da pandemia.
A idéia era utilizar o pátio de casa para apresentações, reunindo a vizinhança para confraternizar, desfrutar da música, da natureza, e abrir também a possibilidade de um novo mercado para os músicos.
A Covid-19 acabou com qualquer possibilidade de realização de uma iniciativa deste tipo. Com a aprovação da Lei Aldir Blanc, o guitarrista inscreveu o projeto no edital da prefeitura da cidade de Viamão.
Inicialmente, tratava-se de um show em casa transmitido por meio de uma live pela internet. Com o passar de alguns meses, até que as condições sanitárias permitissem a reunião dos músicos, o projeto amadureceu e transformou-se num mini documentário com registro de áudio e vídeo, mais profissional e definitivo.
Em 22 de agosto de 2021, foi gravado “Down Home Blues”. Num domingo de sol com temperatura de primavera, o anfitrião Solon Fishbone (guitarra e vocal), junto com os músicos Fernando Peters (contrabaixo), Roni Martinez (bateria) e Luciano Leães (teclado), após quase um ano e meio sem a realização de um único show, reuniram-se na melhor tradição blueseira, com boa comida, bebida e muita música.
Feito sem ensaios e basicamente num único take, a gravação teve captação de áudio e vídeo a cargo da Atmosfera Cultura, montagem e “making off” de Zé Carlos de Andrade.
O mini doc traz sete músicas mescladas com depoimentos dos músicos. No set list os temas instrumentais Blue Hand e Melódica (gravadas no disco Instrumental Mood 2004), She’s so hard to find (do álbum Blues from Southlands, 1994), Fly away (música inédita em parceria com Fernando Noronha) e as releituras de Hard Way (T Bone Walker), It ain’t no use (ZZ Hill) e Every day I have the blues (BB King).
“Down Home Blues” está no canal Solon Fishbone no YouTube, e áudio disponibilizado nas principais plataformas de streaming.
Já o projeto de reunir a vizinhança segue mais vivo do que nunca e será realizado em breve.
Rota 66 - "The Mother Road"
Considerada
a mais famosa rodovia interestadual norte-americana, a
lendária Rota 66, foi
inaugurada oficialmente em 1928.
Cruzava 8 estados, 200 cidades e três fuso-horários.
Iniciando
seu trajeto em Chicago,
Illinois,
a rodovia cortava os estados do Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas,
Novo México, Arizona e Califórnia,
terminando em Santa Monica. Também
chamada de “Will
Rogers Highway”, “Main Street of America” ou ainda “Mother
Road”, a Rota 66 foi o caminho mais usado nas migrações internas,
especialmente durante os anos 1930 e foi economicamente muito
importante para as comunidades localizadas ao longo de sua extensão.
A
maior parte da rodovia foi construída em terreno plano, o que era um
atrativo para os caminhões, mas seu traçado original tinha muitos
pontos perigosos e ela chegou a ser chamada de “Bloody 66”.
Trabalhos de realinhamento e de correções de trechos foram
executados, eliminando as curvas fatais. Sua extensão original era
de 3.945 km, mas, hoje são 3.459 km de Chicago a Santa Monica.
Embora
não possua mais a mesma importância de antigamente, é um roteiro
que continua atraindo turistas interessados em reviver as lendas da
rodovia. Entre os pontos mais procurados pelos turistas, vale
destacar o Cadillac Ranch, onde se pode apreciar a escultura criada
em 1974 pelo artista Chip Lord, que exibe dez Cadillacs enfileirados
e enterrados pela metade. A obra fica em Amarillo, no Texas.
Em
Illinois, a Chain of Rocks Bridge é uma antiga ponte que atravessa o
rio Mississippi, e em torno de 1929 foi usada como pedágio. É um
ponto histórico imperdível e que está de pé desde 1927.
Já
no estado da Califórnia, existe um museu inteiramente dedicado à
Rota 66, chamado Route 66 Museum. Lá, é possível encontrar fotos,
placas rodoviárias do começo do século e muitas informações
especiais para os apaixonados pela estrada.
Por
se tratar de uma rodovia que desbravou diversas partes dos EUA, a
Route 66 passa por algumas comunidades indígenas. Em Albuquerque,
Novo México, pode-se conhecer a cidade abandonada de Acoma Pueblo,
que está situada em uma colina de arenito e mantém suas estruturas
originais.
Voltando
ao Texas, o viajante deve conhecer a Shamrock Gas Station, um posto
de gasolina inteiramente restaurado na cidade com o mesmo nome:
Shamrock.
Além
destes pontos turísticos, a Rota 66 conta com centenas de pequenas
cidades e restaurantes clássicos de beira de estrada, do estilo
“Dinners”, muito populares em filmes norte-americanos.
Também há postos de gasolina, lojas de presentes, borracharias e
outros estabelecimentos com fachadas típicas dos anos 50 e 60, que
fazem com que o viajante tenha a impressão de realmente estar em
outra época.
Como
deixou de fazer parte do Sistema de Estradas Rápidas dos Estados
Unidos, (US Highway System) em 1985, a Rota 66 passou a ser
considerada, uma Rodovia Histórica e protegida por lei nacional.
Em
termos de paisagem natural, a Rota 66 se destaca por cruzar algumas
das principais dos EUA, entre elas o Grand Canyon, Rio Mississippi,
Deserto Pintado do Arizona e Parque Nacional da Floresta Petrificada.
Por último, as praias do Pacífico em Santa Monica, encerram a jornada em
grande estilo.
Com
a construção de novas e modernas vias interestaduais, o trânsito
da rodovia foi desviado, com isso o dinheiro que os viajantes
deixavam no comércio local desapareceu, fazendo com que algumas
cidades sofressem uma emigração massiva. Foram tempos difíceis,
até que surgiu a ideia de convencer as pessoas a relembrarem o
sentimento de liberdade idealizado pelos jovens americanos das
décadas de 50 e 60, que em suas motos Harley
Davidson,
aventuravam-se por essa rota em busca de aventura, emoções e das
praias do Pacífico.
O
primeiro Motel da história foi construído na Rota 66, e o primeiro
McDonald’s também surgiu lá, em San Bernardino – Califórnia.
Vários
filmes tiveram a Route 66 como cenário, com destaque para “Easy
Rider (1969)” e “Bagdad Café (1987)”.
O
Chicago Blues Festival, realizado anualmente em junho em Grant Park,
Illinois, acontece num trecho original da Rota 66, que é fechada ao
tráfego de veículos durante a festa.
Todos os anos, no mês de novembro é realizado em Caxias do Sul – Brasil, o Mississippi Delta Blues Festival.
Evento direcionado aos fãs do blues, que teve início em 2008 a partir da ideia de dois amigos inspirados pelos grandes festivais de Blues dos Estados Unidos.
Sendo eles os proprietários de um bar chamado “Mississippi Delta Blues Bar”, que na época tinha recém completado dois anos de existência, pensaram em fazer um evento nos moldes do Chicago Blues Festival, no intuito de promover uma confraternização entre os músicos que haviam tocado no bar durante o ano.
Localizado em frente a uma antiga estação ferroviária da cidade, o primeiro festival foi para a rua, com o nome de Moinho da Estação Blues Festival, iniciando já com 5 palcos simultâneos e com a presença de grandes nomes do blues, como a lenda Magic Slim e J.J. Jackson, porém ninguém tinha ideia da proporção que o evento tomaria.
Nas edições posteriores, o festival cresceu naturalmente e atraiu um volume cada vez maior de visitantes. Através de seus diversos espaços, as apresentações ocorrem quase que simultaneamente em palcos temáticos onde apresentam-se cantores nacionais e internacionais. O festival conta também com diversas atrações paralelas, como é o caso dos workshops de musicalização. Tudo isso somado aos inúmeros espaços que compõem a cidade do Blues. Durante seus três dias, o festival surpreende pelo grande público que vem de diversas cidades, estados e países.
Passados 10 anos, já é considerada a possibilidade de ser o maior festival totalmente direcionado ao Blues, no continente americano, fora dos Estados Unidos.
Em sua última edição, em novembro de 2017, o Festival abrigou mais de 15.000 pessoas em seus 3 dias de evento. Tudo isso confirma que o Mississippi Delta Blues Festival é mais que um festival de música.
Clarksdale é uma típica
cidade do campo, localizada na região do Delta do Rio Mississippi, área
totalmente agrícola e lar de inúmeros cantores de Blues. Sua população é de aproximadamente
17 mil pessoas, e fica a 122 Km de Memphis. Fundada em 1848 por John Clark, no
principio foi chamada de Clarksville.
Mississippi Delta Blues Festival - Brasil
Evento direcionado aos fãs do blues, que teve início em 2008 a partir da ideia de dois amigos inspirados pelos grandes festivais de Blues dos Estados Unidos.
Sendo eles os proprietários de um bar chamado “Mississippi Delta Blues Bar”, que na época tinha recém completado dois anos de existência, pensaram em fazer um evento nos moldes do Chicago Blues Festival, no intuito de promover uma confraternização entre os músicos que haviam tocado no bar durante o ano.
Localizado em frente a uma antiga estação ferroviária da cidade, o primeiro festival foi para a rua, com o nome de Moinho da Estação Blues Festival, iniciando já com 5 palcos simultâneos e com a presença de grandes nomes do blues, como a lenda Magic Slim e J.J. Jackson, porém ninguém tinha ideia da proporção que o evento tomaria.
Nas edições posteriores, o festival cresceu naturalmente e atraiu um volume cada vez maior de visitantes. Através de seus diversos espaços, as apresentações ocorrem quase que simultaneamente em palcos temáticos onde apresentam-se cantores nacionais e internacionais. O festival conta também com diversas atrações paralelas, como é o caso dos workshops de musicalização. Tudo isso somado aos inúmeros espaços que compõem a cidade do Blues. Durante seus três dias, o festival surpreende pelo grande público que vem de diversas cidades, estados e países.
Passados 10 anos, já é considerada a possibilidade de ser o maior festival totalmente direcionado ao Blues, no continente americano, fora dos Estados Unidos.
Em sua última edição, em novembro de 2017, o Festival abrigou mais de 15.000 pessoas em seus 3 dias de evento. Tudo isso confirma que o Mississippi Delta Blues Festival é mais que um festival de música.
Clarksdale
Clarksdale também faz parte do "Mississippi
Blues Trail", que é uma trilha que passa por diversas cidades ao longo do
Mississippi, para visitação de locais históricos ligados ao blues. Entre eles, em
Clarksdale por exemplo, fica o Riverside Hotel, que no passado foi um hospital
para negros onde a cantora Bessie Smith foi atendida e morreu após um acidente
de carro na Highway 61, uma infinidade de artistas lá se hospedaram. Também tem
o Delta Blues Museum, que fica onde era a antiga estação de trens, local por
onde passaram quase todos os bluesmen, a casa onde viveu Muddy Waters, de 1915
a 1943, o Roxy Theater, a casa onde viveu Sam Cooke, o Ground Zero Blues Club, que
foi um antigo armazém de algodão no início do século passado e hoje, é um
famoso “Juke Joint”, onde se apresentam músicos e cantores de blues.
A cidade tem 2 festivais de Blues: o Sunflower River Blues Festival, e o Juke Joint Festival. Há história por todo lado... Nasceram em Clarksdale: Earl Hooker, John Lee Hooker, Son House, Ike Turner..
Também fica em Clarksdale a famosa encruzilhada, entre as "highways" 61 e 49 onde Robert Johnson teria feito um pacto com o diabo.
Clarksdale é a pura história do Blues..
A cidade tem 2 festivais de Blues: o Sunflower River Blues Festival, e o Juke Joint Festival. Há história por todo lado... Nasceram em Clarksdale: Earl Hooker, John Lee Hooker, Son House, Ike Turner..
Também fica em Clarksdale a famosa encruzilhada, entre as "highways" 61 e 49 onde Robert Johnson teria feito um pacto com o diabo.
Clarksdale é a pura história do Blues..
Beale Street
Beale Street - Uma rua no centro de Memphis, Tennessee,
também conhecida (principalmente pelos turistas), como “Rua do Blues”. Um lugar
significativo na história da cidade, bem como na história do blues. Hoje, os
clubes de blues e restaurantes que se alinham em ‘Beale Street’ são as
principais atrações em Memphis. Periódicos festivais e concertos ao ar livre
trazem grandes multidões para a rua e seus arredores.
Beale Street foi criada em 1841 pelo
empresário e desenvolvedor Robertson
Topp, que deu o nome de um herói esquecido da guerra mexicano-americano.
O nome original desta rua era Beal
Avenue, sem o “e”.
Beale Street atual |
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Será Robert Johnson? |
T-Bone Walker |
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